América era enfermeira no hospital Santa Casa em Patrocínio. Sua colega de trabalho, Cacilda, sempre perguntava por que, aos 38 anos, ela ainda não tinha se casado. América sempre respondia: “Eu ainda não achei a pessoa certa”. Pensando nisso, a amiga se lembrou de um primo, de 45 anos, que também estava solteiro e resolveu marcar um encontro entre eles.

 

       O primeiro encontro aconteceu no dia 5 de maio de 1988, uma quinta-feira, na praça em frente ao hospital. Eles conversaram e marcaram de se verem no sábado depois da missa. América ficou um pouco triste porque não tinha visto Antonio, o primo de Cacilda, na missa. Logo ela pensou: “Ele não se interessou em mim”. América saiu bem rápido da igreja e, quando menos esperava, alguém a alcançou. Era Antonio. Ele estava na missa, só tinha entrado por outra porta.

 

      Eles viram que Cacilda tinha acertado: cada um tinha encontrado a pessoa certa que estava procurando. Os dois logo começaram a namorar e Antonio queria se casar o mais rápido possível: “Minha mãe falava que era para eu apressar o casamento porque ela queria conhecer logo os netinhos”. O fato de dona Divina também estar um pouco doente pesou na decisão. Antonio queria muito que sua mãe estivesse presente em seu casamento e conhecesse seus filhos.

 

    O primeiro passo era pedir América em casamento. Antonio foi a sua casa, em um dia em que ela estava trabalhando no hospital, e pediu a mão de sua namorada para os sogros, dona Etelvina e senhor João. Eles aceitaram e logo o namoro evoluiu para noivado.  A troca de alianças aconteceu no dia 18 de setembro de 1988, na casa da noiva. A festa de comemoração pelo noivado foi no Restaurante Jamaica. Os pais dos dois estavam presentes, além dos irmãos que moravam em Patrocínio.  O noivado durou quatro meses e os dois se casaram no dia 7 de janeiro de 1989.