Para celebrar o amor




A mais chorona e a viciada em cultura nerd do grupo. Namora há quatro anos e sonha com um casamento inusitado e divertido, com seu estilo, e que fique na memória dos convidados!
Minha história: O casamento da minha avó
Um dia, quando eu tinha cerca de 15 anos, descobri um pacote de cartas guardado no armário de casa. Quando abri, movida por minha curiosidade nata, encontrei a letra de meu avô, Luiz, em correspondências enviadas para minha avó, Tereza. As palavras, entre as românticas e nostálgicas, algumas incompreensíveis, por serem antigas. As cartas tinham um motivo além da troca de amores por um casal de namorados, eram a expressão de dois corações apaixonados que ficavam longe um do outro ocasionalmente. Meu avô era mestre de obras, e dos bons, vivia viajando
Maria Tereza Borges

por várias cidades a trabalho. Minha avó era doméstica, e das melhores, trabalhava na casa de médicos em Monte Carmelo. Foram anos de namoro, de distância, de cartas românticas trocadas. A Nega do Liz. Era assim que eles se chamavam. Até que, aos dezesseis dias do mês de fevereiro de 1974, eles se casaram. Sim, ainda temos guardado o convite de casamento deles. E também as fotos.
Vó Tereza usava um vestido reto, simples e uma peruca de cabelos lisos. Ela sempre quis que o cabelo fosse liso. No dia do casamento, ela pôde. Vô Luiz trajava um terno cinza, em toda sua beleza e elegância. A dama de honra, minha prima Marisa, era toda branco e delicadeza.
Histórias contam que o casamento deles foi sempre muito feliz. No mesmo ano da cerimônia, em dezembro, tiveram sua única filha, minha mãe. Ela conta que os pais nunca brigavam e que, mesmo sem falar, o amor era gigante. Ambos morreram quando eu era criança, mas de uma coisa eu nunca vou me esquecer: do calor do abraço do Vô Luiz e da alegria envolvente da Vó Tereza. E, claro, da quantidade de amor que eles tinham um pelo outro. Que eu tenha a mesma sorte!

Mesmo 39 anos depois, o convite está intacto, convidando para celebrar o amor! (Foto: Arquivo pessoal)

De véu, grinalda e pronta para a união. (Foto: Arquivo pessoal)

A clássica foto no carro! Vó Tereza e Vô Luiz recém-casados. (Foto: Arquivo pessoal)

A benção para o casal: de joelhos e unidos.(Foto: Arquivo pessoal)

A saída da igreja, já casados e prontos para a vida a dois! (Foto: Arquivo pessoal)