Daniela queria que tudo no casamento tivesse um toque das cores escolhidas para a decoração. Por isso, seu desejo era que o convite fosse feito em papel amarelo. Ela só não contava que, para consegui-lo, seria um pouco difícil.

 

     Primeiro, Matheus, o noivo, levou-a até uma gráfica e ela escolheu o convite do jeito que queria. Com a consciência tranquila, ela voltou para Guimarânia, sua cidade natal. Alguns dias depois, a proprietária da gráfica ligou para Daniela dizendo que não seria possível fazer o convite, pois eles não tinham o papel que a noiva tinha escolhido. Daniela, então, foi para Patrocínio novamente e optou por um novo papel. Após dois dias, a noiva recebeu uma ligação dizendo que a gráfica também não tinha a cor desejada. Cansada desse vai e volta, ela decidiu trocar de gráfica.

 

         Um belo dia, Matheus ligou para sua futura esposa dizendo que estava naquela mesma gráfica olhando outros papéis e cores. Óbvio que Daniela não entendeu nada, pois já sabia que eles não iam achar o convite do jeito que queriam lá, mas, para não dar briga, disse: “Amor, o que você resolver está resolvido”. E foi nesse momento que aconteceu a mágica que fez uma simples frase mudar toda uma história.

 

      A dona da gráfica era tia do Matheus e ele ficou muito sem graça de falar que os dois não iriam querer os convites. Então, numa manhã de sábado, ele buscou Daniela em Guimarânia dizendo que eles iriam ver as provinhas do convite que ele tinha escolhido. “As provinhas”, guarde essas palavras. Daniela entrou na gráfica e viu que o noivo tinha mandado rodar todos os convites e, ainda por cima, em azul escuro com a escrita palha, duas cores que não haveria no casamento. “Quando eu olhei, tinha uma pilha de convites prontos. Eu fui olhando aquilo e me deu uma crise de choro. E eu chorei, chorei, chorei. O Matheus ficou muito nervoso, porque já estava tudo pronto, mas ele não tinha me falado nada. Só que eu também tinha falado aquela maldita frase: amor, o que você resolver está resolvido”, desabafa a noiva.

 

        Eles saíram de lá e, segundo Daniela, eles ficaram mal um com o outro durante dois, três... sete dias. “Amor, então você vai a outra gráfica e escolhe o convite do jeito que você quiser que eu não vou falar mais nada”, enfatizou o noivo. Daniela, então, foi a outra gráfica e escolheu novamente. O convite não foi da cor e nem com o papel que a noiva queria, mas ela gostou do resultado. Para dar seu toque especial, Daniela ainda comprou fitas e florzinhas desidratadas para fechá-lo. No final, o que sobrou foi uma boa história e duas contas de convite para serem pagas.