Para celebrar o amor




As cerimônias são realizadas ou em um templo ou em casa, mas muitos hotéis e salões de festa têm se preparado para celebrar esses casamentos em que os noivos trocam votos e prometem lealdade um ao outro. A troca de alianças e o corte do bolo acontecem da mesma maneira que no ocidente e o casal troca de roupa várias vezes durante a recepção, tudo igualmente luxuoso. É nessa ocasião que as noivas costumam colocar o vestido ocidental.
Vale observar que, no Japão, o casamento não se trata apenas da união de duas pessoas, mas de duas famílias, algo que é representado no ritual do sake. Nele, os noivos trocam taças de sake. São três taças: uma pelo juramento perante Deus; outra pela gratidão dos noivos aos pais; e a última pelos parentes. Eles ficam sentados, de frente um para o outro, olhando-se nos olhos e tomam o cuidado de fazer tudo ao mesmo tempo, tanto beber o sake, quanto pousar as taças, para evitar que um morra antes do outro. Após esse ritual, os noivos são considerados oficialmente casados, no melhor estilo japonês.
Um dos elementos que mais chamam atenção nos casamentos orientais são os trajes típicos (Foto: Blog da Tsuki/ Divulgação)
Os casórios japoneses são cheios de rituais. Para começar, as cerimônias geralmente são conduzidas de acordo com as crenças do xintoísmo, mas algumas misturam práticas budistas ou ocidentais, como o vestido de noiva, no caso da última opção; ainda assim, porém, o kimono ainda é o símbolo do casamento japonês. Na tradição xintoísta, os noivos vestem kimonos de seda, ele de preto com o brasão da família no peito, ela de branco, com uma peruca e um adorno parecido com um chapéu na cabeça, chamado de tsunokakushi. Por cima do kimono branco, também é usado o kimono uchikake, que fica aberto e arrasta no chão, além de não precisar ser branco. Cores fortes como o vermelho e estampas alegres são as mais comuns e a maquiagem da noiva é feita especialmente para deixá-la com a pele bem branca.
Uma cerimônia de casamento no Japão é bastante diferente do que estamos acostumados no Brasil. Apesar de haver exceções, os casamentos geralmente são arranjados (omiyai), mas isso não quer dizer que os noivos são obrigados a se casarem com quem não querem. O omiyai funciona como uma espécie de agência. Um casamenteiro, chamado de nakodo, considera o status social, a riqueza e a educação de um potencial parceiro para a família que ele conhece. Depois que uma seleção é feita, os pais são informados daquela opção e podem tanto rejeitar o possível noivo ou noiva, quanto passar a informação para seu filho ou sua filha. O mesmo vale para o pretendente em potencial, que pode concordar em encontrar a recomendação ou rejeitar diretamente. Se não gostarem um do outro, podem procurar outra pessoa. Isso é tão comum que várias empresas se especializam neste ramo. Já nos “casamentos de amor”, como são conhecidos em terras nipônicas, a maioria dos casais se conhece no trabalho ou por meio de um amigo ou parente.
Tradições marcam os casamentos japoneses

