top of page

da muralha de Jericó. Esse movimento da noiva simboliza, então, a construção das paredes do novo lar do casal e a quebra de barreiras que possam existir. Posteriormente, a noiva se posiciona ao lado direito de seu futuro marido.

 

       Na celebração, são servidas duas taças de vinho. Essa é uma tradição que representa a alegria da união. O casal saboreia a bebida no mesmo copo, atitude que significa partilha total entre eles. Outro símbolo, presente em quase todas as celebrações, são as alianças, que, na cerimônia judaica, devem ser simples e feitas de ouro. Elas são colocadas no dedo indicador direito pelo parceiro, firmando o compromisso perante testemunhas. Durante a troca de alianças, o noivo diz à noiva, em hebraico: “Com este anel, és consagrada a mim, de acordo com as leis de Moisés e Israel”. A resposta da noiva, também em hebraico, é: “Eu pertenço ao meu amado e o meu amado me pertence”.  

 

      Após esse rito, é feita a leitura do contrato do casamento, conhecido como ketubá. Esse contrato contém as responsabilidades do marido com a sua esposa e, depois de lido, é entregue à noiva, tornando-se propriedade pessoal. Em seguida, os noivos recebem sete bênçãos, a sheva brachot. Além disso, na celebração judaica, acontece um ritual bem diferente: a quebra de um copo, situado no chão, pelo noivo. O que isso quer dizer? Primeiro, a atitude representa a tristeza do povo judeu devido à destruição do Templo Sagrado de Jerusalém, que ainda não foi reconstruído. Além disso, o ato possibilita a identidade de “povo judeu” ao casal.

 

       Veja como é a celebração de uma união judaica.

A aliança é colocada no dedo indicador do parceiro (Foto: Constance Zahn/Divulgação)

 

       Uma curiosidade da união judaica é a noiva entrar no local da cerimônia com um véu, mas com o rosto descoberto. Antes da cerimônia, porém, o noivo cobre a face da noiva. Esse ato significa que as qualidades pessoais e a beleza espiritual da futura esposa são mais importantes que sua beleza física. Depois, o noivo é conduzido à chupá, geralmente por seus pais. Em seguida, o mesmo acontece com a noiva.

 

     Além de todos esses itens, o casamento entre judeus é permeado por tradições. Uma delas são as sete voltas que a noiva dá ao redor do seu noivo quando chega à chupá, em uma referência ao fato de o mundo ter sido criado em sete dias, representando, além disso, a queda 

     Se tem uma palavra para definir os ritos de casamentos pelo mundo afora, essa palavra é diversidade. Uma cerimônia judaica, por exemplo, é bem diferente das celebrações que costumamos presenciar no Cristianismo. Você já ouviu falar em kipá? E em chupá? Sabe o que é talit? São nomes desconhecidos do seu vocabulário? Calma! Trata-se de ritos e símbolos peculiares do casamento judaico.

 

       Antes de conhecer cada um desses elementos, é importante ter noção de outros termos que envolvem o casamento judaico.. A começar pelos nomes daqueles que protagonizarão o grande dia: noivo em hebraico é chatan e noiva, kallah. No dia da celebração, o chatan e a kallah passam o dia todo em jejum. A primeira refeição é feita pelos noivos juntos e só acontece depois da cerimônia.

 

     Quanto a um dos itens citados, kipá, é um acessório usado pelo noivo na cabeça durante a cerimônia para simbolizar respeito e temor a Deus. O casamento judaico pode ser realizado em uma sinagoga ou ao ar livre, não há restrições quanto a isso. Independentemente do local, um detalhe que não pode faltar é uma tolda, chamada de chupá (em português,  lê-se rupá). A chupá é aberta de todos os lados e representa o lar a ser formado pelo futuro casal.  A cerimônia é realizada por um rabino. A noiva usa vestido branco para indicar pureza e o noivo traja um terno com um talit, manto que o noivo usa durante celebração e simboliza que todos são iguais quando buscam a Deus.

Casamento judaico: um universo de tradições

  • w-facebook
  • w-googleplus
  • Twitter Clean
bottom of page