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       Indissolúvel. Essa é a palavra usada por Iyá Cristina para definir o casamento celebrado no Candomblé. Para ela, quando uma pessoa decide se casar, a principal característica para receber a benção dos orixás é ter consciência de que a união é para sempre.

 

       Para entender sobre o ritual de casamento, é preciso conhecer o candomblé. Uma das mais importantes religiões de matriz africana existentes no Brasil, a doutrina acredita que cada pessoa possui seu orixá e, com ele, se identifica, nas paixões e nos comportamentos. Para honrar ao orixá, os filhos oferecem sacrifícios. Na África, existem mais de 200 orixás, mas, no Brasil, são cultuados 16, distribuídos em grupos, referentes aos elementos da natureza: água, ar, fogo e terra. Na África, cada tribo tem como base um orixá. Aqui no Brasil, os terreiros acabaram misturando várias tribos e isso confere às cerimônias de casamento características diferentes.

Benção dos orixás: casamento no Candomblé

     Na nação Queto, de Iyá Cristina, quem celebra o casamento é o babalaorixá do terreiro, o chefe patriarcal. Ele é responsável por conduzir a festa e abençoar a vida que o casal escolheu. A Iyá nos disse que o terreiro é todo preparado para tirar as energias ruins do ambiente e transmitir somente coisas boas para a vida dos noivos. Assim como em outras religiões, o casamento no Candomblé também precisa de testemunhas, que são os padrinhos, escolhidos pelos noivos. 

 

       A família tem fundamental importância para quem faz parte do Candomblé. Os africanos, lá nas origens da religião, acreditavam que os filhos eram uma riqueza e que perpetuar a família era muito importante. Durante a cerimônia, a consolidação  da  família  é  feita   por  meio  da  invocação  da 

Na trama "Lado a lado", Isabel e Zé Maria casaram-se com a bênção dos orixás e do catolicismo (Foto: Rede Globo/ Divulgação)

energia do orixá, que contempla os noivos e concede à nova família as riquezas espirituais. Iyá Cristina conta que o dia adequado para captar a energia certa do orixá é determinado pelo ifá, o oráculo do babalaô, que indica o elemento certo e a melhor data para a realização da cerimônia, assim como todos os rituais do Candomblé, como a iniciação e os ritos de morte dos males. Para a cerimônia, são usadas as indumentárias africanas, aquelas roupas coloridas e cheias de vida usadas pelos seguidores da religião.  Os noivos devem trajar roupas brancas. Alguém disposto a chamar a benção dos orixás? Estamos ansiosas para conferir um casamento no Candomblé.

  • Orixás cultuados no Brasil

 

Exu, Ogum, Omolu, Oxumare, Ewa, Oxum, Oya, Xango, Oxossi, Logunede, Oxalufã, Oxaguiã, Nanã, Yemanjá, Obá e Ossain.

 

 

 

  • Nações e subnações do Candomblé

 

- Nagô ou Yoruba, com as casas: Ketu ou Queto (a de Iyá Cristina), Efan, Ijexá, Nagô Egbá ou Xangô, Mina-nagô e Xambá;

 

- Bantu, Angola e Congo: Candomblé de Caboclo;

 

- Jeje (a palavra Jeje vem do yoruba adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África): Jeje Mina e Babaçuê.

 

 

 

  • Indumentárias

 

As roupas usadas possuem características que identificam a hierarquia da pessoa dentro da casa. 

Saiba mais sobre o Candomblé

Fontes:

 

CASAMENTOS pelo mundo: Candomblé. Disponível em: http://bit.ly/12C8LOm Acesso em: 01 jul. 2013.

 

AS TRÊS nações do Candomblé. Disponível em: http://mironga.blogs.sapo.pt/2459.html Acesso em 01 jul. 2013.

 

ENTENDA o Candomblé. O Guia dos curiosos. http://bit.ly/12C8MBY Acesso em 01 jul. 2013

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